sexta-feira, maio 28, 2010

Centros locais de cultura

Num Mundo em constante mudança, onde o instantâneo, o superficial o descartável são reis e senhores, onde parece que forças nos empurram para perdermos a nossa memória colectiva, recordar e partilhar memórias é uma acção que adquire um carácter de resistência política, no sentido nobre do termo.
A memória partilhada é uma forma de não fugir ao esquecimento que o tempo acelerado da vida social nos impõe. Recuperar e preservar memórias no quotidiano, é actualizar oportunidades e desenvolver possibilidades encobertas de recriar, através da prática educativa, a história local a partir do lugar: realidade social experimentada directamente e oportunidade de realização de uma história diferente.

Recuperar e preservar a memória colectiva de uma comunidade local é desvendar a complexidade das redes de saberes que dão sentido às nossas acções do dia-a-dia, compartilhando-as colectivamente, através de um processo educativo que tem como ponto de partida e como ponto de chegada, acolher o passado e criar o futuro.

É nesta perspectiva que vejo s necessidade de a nível local se criarem centros da memória e da cultura local, como parte do desafio contemporâneo de preservação e socialização de marcas culturais. Isto significa dar consequência a uma prática de procurar articular saberes vividos e praticados com a memória e com a história local.

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