sexta-feira, março 05, 2010

Um Cristo que desça à terra


Os debates da SIC-N vieram confirmar o que já suspeitava. Nenhum destes sujeitos está minimamente preparado para os desafios que o partido e o país têm de enfrentar.
Aguiar-Branco não é presidente e muito menos um líder para o PSD se tem ideias para o partido e/ou para o país não se nota, parece apenas estar interessado em tirar votos a Rangel.
Rangel precipitou-se no tempo, deveria, agora sim, ter estado a comer mais uns tempos papas Maizena no Parlamento Europeu e a cumprir o mandato para o qual foi eleito, construindo e partilhando com a sociedade um projecto político consistente, para depois se candidatar a um cargo destes. Nota-se que este não é o seu tempo, se é que alguma vez será, parece ter sido empurrado, como corre pelos corredores, por Durão Barroso.
Passo Coelho é neste momento o mais bem preparado politicamente, com ideias mais estruturadas, o que não significa serem as melhores ou sequer aceitáveis em muitos aspectos e com uma máquina partidária devidamente preparada e estruturada. È de longe o mais parecido com o actual primeiro-ministro, o que não abona nada em seu favor. Tem consigo o que de pior há dentro do PSD, os interesses de alguns grupos de dentro e fora do partido, os interesses pessoais dos vários militantes que não tem coluna vertebral. A maior parte daqueles que estão sempre com quem ganha já se juntou a Passos coelho, ainda que há pouco mais de um ano dissessem cobras e lagartos da figura.
Aliás neste aspecto é uma tendência que se manifesta tanto lá como cá, ainda não se elegeu um presidente desde a saída de Álvaro Dâmaso, e já passaram vários e tão distintos uns dos outros, que uns tantos que só sobrevivem à custa das mordomias que o puder lhes confere, não sejam os primeiros da filha a gritar apoiado a todos. È ver as diversas Comissões Politicas Regionais.

«(...)seja na capital ou na feliz província
a presença de cretinos é uma jóia sem preço:
são os que convictamente
mais aplaudem, sem maldade
nem cálculo traiçoeiro
ou gritam apoiado
criando felicidade
no elenco inteiro
ou mais valia, nas forças vivas da cidade. (...)»
Como humanista e crente na capacidade do homem se aperfeiçoar espero que me surpreenda pela positiva e aí serei o primeiro a dar a mão à palmatória.
«É uma tristeza assistir a este espectáculo de pobreza de um partido, que foi o partido de Sá Carneiro. E, vá lá, de Cavaco.»
Vasco Pulido Valente no Público de 05/03/2010

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