
Preâmbulo: Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo;(...) Artigo 3°- Todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal
Os próximos meses serão marcados pelo debate sobre a interrupção voluntária da gravidez. Trata-se de um tema polémico que divide profundamente a sociedade portuguesa.
A luta pelos valores básicos e vitais constitui tradição na civilização ocidental dos últimos séculos. Várias causas nobres como a democracia, a igualdade entre homens e mulheres, entre “raças”, a abolição da pena de morte, a abolição da escravatura, foram encetadas a partir da civilização europeia ocidental.
Hoje infelizmente, não faltam os que consideram o combate pela liberalização do aborto como o mais um passo na longa e soberba epopeia de afirmação dos direitos individuais, considerando os que se lhe opõem como relíquias conservadoras, obscurantistas e retrógradas que tentam a todo o custo impedir a evolução da sociedade.
Ao invés das grandes lutas que marcam indelével a sociedade ocidental, hoje considera-se progresso e modernidade o ataque cruel ao mais fraco ao indefeso, ao desprotegido.
Os termos da discussão são claros. De um lado temos os que defendem um princípio fundamental, o direito à vida do embrião do outro lado, os que defendem que até às dez semanas o embrião pode ser morto por vontade da mãe.
A opressão e a discriminação sempre foi combatida com base nos princípios de que a vantagem de alguns não podia justificar a angústia, escravização ou morte de outras pessoas.
Liberalizar o aborto, mesmo por razões socialmente compreensíveis, destrói sempre um valor muito superior, a Vida. A luta é pois para evitar um recuo na trajectória civilizacional dos direitos humanos.
A todos um Santo Natal
Publicado no DEVER em 21/12/2006
3 comentários:
Aborto...é quem defende o "Não".
Hipócritas beatas sempre e rezar, se calhar pelos abortos que fizeram em novas. E os falsos beatos, muito deles pais clandestinos que a isso obrigaram as mulheres(ou amantes) a recorrer, para se verem livres de sarilhos...
Cambada de falsos.
Comentários destes são bestiais. Escrevo um post pela vida, sem mencionar directa ou indirectamente qualquer confissão religiosa e fala-me este ilustre em rezas...
Não te espantes.Não passa de prosa inconsciente.A Lei do aborto já está em vigor. O que pretendem agora? Estão fartos de distribuir preservativos e tudo continua como dantes?Só o aborto resolverá? Pobres espiritos. Na maioria os que aparecem não são dos casais e os outros não irão se expor em qualquer Hospital. Porque aí, saber-se-ia quem era o "incognito" pai.Portanto não venham esconder o sol com a peneira.Com a Lei que eles querem ou sem ela, vão continuar clandestinos.
Afinal, cambada,é quem tem medo do "não".
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